24 de novembro de 2008

resistindo

"O reconhecimento da fragilidade de cada um não deve matar o espírito de resistência; e atualmente precisamos de pensamentos que exaltem a energia, a satisfação, o júbilo. Necessitamos de alacridade, de alegria, de serenidade. À retórica vitimista, que se esgota em seu próprio enunciado, devemos opor a palavra política, que oriente as lamentações para uma saída sensata, que lhes ofereça um exultório viável, que permita expressar o mal em termos medidos a fim de superá-los. A ruminação estupefata dos nossos problemas, essa espécie de onanismo mental, impede-nos de distinguir entre o transformável, que só depende de nossa vontade, e o imutável, que não depende de nós. Qualquer azar é vivido como um veredicto inelutável do destino. O indivíduo só é grande se participa de algo que o ultrapassa e não fica emparedado em si."
A Tentação da Inocência | Pascal Bruckner
no palavraguda.wordpress.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Transformando!