12 de novembro de 2007

sol

Amo o teu túmido candor de astro
a tua pura integridade delicada
a tua permanente adolescência de segredo
a tua fragilidade acesa sempre altiva

Por ti eu sou a leve segurança de um peito
que pulsa e canta a sua chama
que se levanta e inclina ao teu hálito de pássaro
ou à chuva das tuas pétalas de prata

Se guardo algum tesouro não o prendo
porque quero oferecer-te a paz de um sonho aberto
que dure e flua nas tuas veias lentas
e seja um perfume ou um beijo um suspiro solar

Ofereço-te esta frágil flor esta pedra de chuva
para que sintas a verde frescura
de um pomar de brancas cortesias
porque é por ti que vivo é por ti que nasço
porque amo o ouro vivo do teu rosto
António Ramos Rosa

2 comentários:

. Nando . disse...

Sem palavras. Que poema tipo... LINDO!!!

Ai, o meu candor!!! Puro e virginal... hahahahahahahahahha

disse...

Desconfio se há verdade na frase que diz "sol nasceu pra todos"
O sol é pra quem sabe agradecer o "presente" e os presentes... E, quando o sol não está, é pq está brilhando em outro país...

Beijo