Não são teias
as peias
que me impõem,
teço minhas próprias
cadeias
nas rédeas
que não tomo
Elza Beatriz de Araújo
28 de setembro de 2007
27 de setembro de 2007
26 de setembro de 2007
sol de inverno
eu queria passar a língua nos seus dentes
e sentir o gosto do seu cigarro
e deitar a cabeça no seu ombro
e sentir o cheiro da sua nuca bem de perto
por muito muito tempo
eu queria assim
respirar na sua nuca
horas, horas sem abrir os olhos
eu queria te abraçar por dentro do seu casaco
ficar ali dentro e esquecer tudo que os outros falam
eu queria te levar na pracinha no sol do inverno
e te mostrar a minha estante
eu queria te ler aquele poema
e que você me mostrasse uns seus
eu queria
que todos esses corações servissem para alguma coisa
eu queria
que você conseguisse consertar pelo menos um deles
nenhum funciona
tá tudo furado
tudo quebrado
tudo vazando
tudo zoado
eu queria
acordar de manhã e ver o seu cabelo bagunçado
eu queria que você ficasse mais
e me ouvisse mais
e me olhasse mais como acontece por acaso
eu queria
Clarah Averbuck | adioslounge.blogspot.com
e sentir o gosto do seu cigarro
e deitar a cabeça no seu ombro
e sentir o cheiro da sua nuca bem de perto
por muito muito tempo
eu queria assim
respirar na sua nuca
horas, horas sem abrir os olhos
eu queria te abraçar por dentro do seu casaco
ficar ali dentro e esquecer tudo que os outros falam
eu queria te levar na pracinha no sol do inverno
e te mostrar a minha estante
eu queria te ler aquele poema
e que você me mostrasse uns seus
eu queria
que todos esses corações servissem para alguma coisa
eu queria
que você conseguisse consertar pelo menos um deles
nenhum funciona
tá tudo furado
tudo quebrado
tudo vazando
tudo zoado
eu queria
acordar de manhã e ver o seu cabelo bagunçado
eu queria que você ficasse mais
e me ouvisse mais
e me olhasse mais como acontece por acaso
eu queria
Clarah Averbuck | adioslounge.blogspot.com
24 de setembro de 2007
21 de setembro de 2007
manual (?)
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que
o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.”
Carlos Drummond de Andrade
Não quero comentar isso! rs
Carlos Drummond de Andrade
Não quero comentar isso! rs
20 de setembro de 2007
n.56
"Um erro grave é tanto se julgar mais do que se é quanto se estimar menos do que se merece."
Johann Wolfgang Goethe
Johann Wolfgang Goethe
19 de setembro de 2007
me entrego
"uma declaração de amor pode ser uma declaração de guerra."
mais uma do blog da Kiti
uma guerra interna. sempre.
mais uma do blog da Kiti
uma guerra interna. sempre.
18 de setembro de 2007
16 de setembro de 2007
ai a razão
"O maior erro do ser humano é tentar tirar da cabeça aquilo que não sai do coração"
autor desconhecido
autor desconhecido
14 de setembro de 2007
sem fala!
"todos levamos dentro de nós, à espreita, nossa própria possibilidade de perdição, o abismo íntimo no qual podemos despencar; e freqüentemente a chave que abre a porta do fatídico poço é uma relação sentimental".
Rosa Montero | em paixões
Rosa Montero | em paixões
13 de setembro de 2007
amém
São Miguel Arcanjo
Príncipe Guardião e Guerreiro
defendei-me e protegei-me com Vossa espada,
não permita que nenhum mal me atinja.
Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes,
contra quaisquer ato de violência.
LIVRAI-ME DE PESSOAS NEGATIVAS.
Espalhai Vosso manto e vosso escudo de proteção em meu lar, meus amigos e familiares.
Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.
Trazei a paz e a harmonia.
Que assim seja.
Oração a São Miguel Arcanjo.
Príncipe Guardião e Guerreiro
defendei-me e protegei-me com Vossa espada,
não permita que nenhum mal me atinja.
Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes,
contra quaisquer ato de violência.
LIVRAI-ME DE PESSOAS NEGATIVAS.
Espalhai Vosso manto e vosso escudo de proteção em meu lar, meus amigos e familiares.
Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.
Trazei a paz e a harmonia.
Que assim seja.
Oração a São Miguel Arcanjo.
12 de setembro de 2007
6 de setembro de 2007
até a volta
"nesta vida, em que sou meu sono,
eu não sou meu dono,
quem sou é quem me ignoro e vive
através desta névoa que sou eu
todas as vidas de outrora tive,
numa só vida.
mar sou; baixo marulho ao alto rujo,
mas minha cor vem do meu alto céu,
e só me encontro quando de mim fujo."
Fernando Pessoa
eu não sou meu dono,
quem sou é quem me ignoro e vive
através desta névoa que sou eu
todas as vidas de outrora tive,
numa só vida.
mar sou; baixo marulho ao alto rujo,
mas minha cor vem do meu alto céu,
e só me encontro quando de mim fujo."
Fernando Pessoa
derretendo
"lágrima é dor derretida
dor endurecida é tumor
lágrima é alegria derretida
alegria endurecida é tumor
lágrima é raiva derretida
raiva endurecida é tumor
lágrima é pessoa derretida
pessoa endurecida é tumor
tempo endurecido é tumor
tempo derretido é poema"
Viviane Mosé
estou aprendendo a derreter alguns.
difícil.
dor endurecida é tumor
lágrima é alegria derretida
alegria endurecida é tumor
lágrima é raiva derretida
raiva endurecida é tumor
lágrima é pessoa derretida
pessoa endurecida é tumor
tempo endurecido é tumor
tempo derretido é poema"
Viviane Mosé
estou aprendendo a derreter alguns.
difícil.
4 de setembro de 2007
3 de setembro de 2007
Tu e eu
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa.
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu, fão.
Eu, fônico.
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico.
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.
Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.
És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.
Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu, tano.
Eu, femismo.
Fernando Verissimo
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa.
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu, fão.
Eu, fônico.
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico.
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.
Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.
És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.
Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu, tano.
Eu, femismo.
Fernando Verissimo
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