"Qual é a sua estrada, homem?
A estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada... Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, por quê?"
Jack Kerouac
18 de outubro de 2010
5 de setembro de 2010
17 de junho de 2010
25 de abril de 2010
12 de abril de 2010
toss the feathers
"De modo suave, você pode sacudir o mundo."
Mahatma Gandhi
combina com:
http://www.youtube.com/watch?v=KEJa_VgpIAc
Mahatma Gandhi
combina com:
http://www.youtube.com/watch?v=KEJa_VgpIAc
24 de março de 2010
tem sempre
"(...)
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não."
Manoel Alegre
obrigado vá! ;)
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não."
Manoel Alegre
obrigado vá! ;)
15 de março de 2010
25 de fevereiro de 2010
12 de fevereiro de 2010
8 de fevereiro de 2010
5 de fevereiro de 2010
mais leve
"Minha mãe anda preocupada com a minha irmã. A preocupação faz todo o sentido do mundo: minha irmã anda trabalhando demais. E por isso não tem dormido direito, vive com olheiras, está estressada, nervosa, irritada. Minha irmã é bióloga e passa seus dias procurando uma forma de diagnosticar a dengue. Difícil imaginar trabalho mais nobre.
Eu também tenho trabalhado bastante. Devido a um período de concorrências, tenho virado noites e passado finais de semana na agência. O esforço extra também me rendeu olheiras profundas, cansaço, stress, nervosismo. Mesmo com tudo isso, minha mãe não parece muito preocupada comigo. Afinal, se por um lado minha irmã tem ocupado seu tempo tentando salvar a humanidade, eu só faço propaganda.
Para nós, publicitários, é difícil admitir, mas minha mãe está certa. Por mais que a gente se esforce e encare cada job com a maior importância do mundo, o que nós fazemos não vai mudar o destino da raça humana. Não vai, sequer, causar impacto significativo na vida de uma única pessoa. A gente faz propaganda. E propaganda, na percepção das pessoas comuns, é somente uma pequena distração em seu cotidiano. Uma interrupção que, quando muito, consegue emocionar por alguns segundos.
Que lição podemos tirar de tudo isso? Vamos levar o nosso trabalho menos a sério. Vamos nos divertir, esquecer as reuniões sisudas, as metas, os objetivos empresariais, os complicados termos em inglês. Isso tudo sim é importante e digno de preocupação. O nosso trabalho é bem mais simples que isso. Nós só precisamos arrancar alguma emoção do nosso público. Se fizermos isso, e apenas isso, nossa missão estará cumprida. Parece pouco mas, devido ao stress e a seriedade que nós mesmos nos impomos, nem isso temos conseguido alcançar.
P.S.: Fui injusto com a minha mãe. Ela anda sim preocupada comigo. Minhas olheiras e meu nervosismo lhe parecem sinais bem evidentes de que eu ando usando drogas. Coisa de publicitário."
Sobre as preocupações da minha mãe
Rodrigo Poersch - Diretor de Criação da WOW! Comunicação
Eu também tenho trabalhado bastante. Devido a um período de concorrências, tenho virado noites e passado finais de semana na agência. O esforço extra também me rendeu olheiras profundas, cansaço, stress, nervosismo. Mesmo com tudo isso, minha mãe não parece muito preocupada comigo. Afinal, se por um lado minha irmã tem ocupado seu tempo tentando salvar a humanidade, eu só faço propaganda.
Para nós, publicitários, é difícil admitir, mas minha mãe está certa. Por mais que a gente se esforce e encare cada job com a maior importância do mundo, o que nós fazemos não vai mudar o destino da raça humana. Não vai, sequer, causar impacto significativo na vida de uma única pessoa. A gente faz propaganda. E propaganda, na percepção das pessoas comuns, é somente uma pequena distração em seu cotidiano. Uma interrupção que, quando muito, consegue emocionar por alguns segundos.
Que lição podemos tirar de tudo isso? Vamos levar o nosso trabalho menos a sério. Vamos nos divertir, esquecer as reuniões sisudas, as metas, os objetivos empresariais, os complicados termos em inglês. Isso tudo sim é importante e digno de preocupação. O nosso trabalho é bem mais simples que isso. Nós só precisamos arrancar alguma emoção do nosso público. Se fizermos isso, e apenas isso, nossa missão estará cumprida. Parece pouco mas, devido ao stress e a seriedade que nós mesmos nos impomos, nem isso temos conseguido alcançar.
P.S.: Fui injusto com a minha mãe. Ela anda sim preocupada comigo. Minhas olheiras e meu nervosismo lhe parecem sinais bem evidentes de que eu ando usando drogas. Coisa de publicitário."
Sobre as preocupações da minha mãe
Rodrigo Poersch - Diretor de Criação da WOW! Comunicação
pares
"Na dança do movimento, às vezes olhamos o todo e, de repente, desgostamos. Vira uma situação carcerária interna, sôfrega, desilusória. Bate um vazio. Parece que a vida perdeu o passo, destrilhou. A coreografia não orna com a melodia, estamos definitivamente fazendo alguma coisa errada, acabando com a nossa saúde.
Hoje descobri a saída perfeita: Os pares. É preciso conectar esses com aqueles, essa cor com aquela, cada coisa na sua vez, por vez. De manhã, isso, assim, aquilo também. Depois, respire calmamente, quebre o carreirão, mastigue. Mais tarde, a outra coisa, uma só, lerda e lenta, bem feita, bonita de ver. Junte com ela, pela cintura, deslize-se, deslize-a."
Ricardo Gaioso
Hoje descobri a saída perfeita: Os pares. É preciso conectar esses com aqueles, essa cor com aquela, cada coisa na sua vez, por vez. De manhã, isso, assim, aquilo também. Depois, respire calmamente, quebre o carreirão, mastigue. Mais tarde, a outra coisa, uma só, lerda e lenta, bem feita, bonita de ver. Junte com ela, pela cintura, deslize-se, deslize-a."
Ricardo Gaioso
3 de fevereiro de 2010
1 de fevereiro de 2010
20 de janeiro de 2010
vai fundo
"No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas."
Paulo Leminski
no palavraguda
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas."
Paulo Leminski
no palavraguda
19 de janeiro de 2010
13 de janeiro de 2010
sonhando
"O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura…
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova…"
Miguel Torga
no palavraguda
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura…
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova…"
Miguel Torga
no palavraguda
11 de janeiro de 2010
interessante
"Na verdade, se não nos enfadássemos, jamais faríamos esse gesto de abnegação e de humildade que é abrir um livro. Haveríamos de nos concentrar em nossos pensamentos, supondo que valem por todos aqueles que outra pessoa pode ter. A leitura é uma vitória do enfado sobre o amor próprio."
A arte de ler, de Émile Faguet
no palavraguda
A arte de ler, de Émile Faguet
no palavraguda
7 de janeiro de 2010
deixa
Palavras? Sim. De ar
e perdidas no ar.
Deixa que eu me perca entre palavras,
deixa que eu seja o ar entre esses lábios,
um sopro erramundo sem contornos,
breve aroma que no ar se desvanece.
Também a luz em si mesma se perde.
"Destino do Poeta, Octavio Paz, trad. de Haroldo de Campos
no palavraguda
e perdidas no ar.
Deixa que eu me perca entre palavras,
deixa que eu seja o ar entre esses lábios,
um sopro erramundo sem contornos,
breve aroma que no ar se desvanece.
Também a luz em si mesma se perde.
"Destino do Poeta, Octavio Paz, trad. de Haroldo de Campos
no palavraguda
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