Em você se combinam a razão e a paixão, resultando num caráter que não comporta explicações. Apesar de parte de você ser racional, nem sempre suas atitudes serão sensatas e compreensíveis, pois você também é passional, toma decisões por puro impulso, viscerais e instintivas. Entretanto, o resultado é bom, pois permite que você abranja um panorama muito amplo de acontecimentos, sendo desnecessário que você recorra à coerência para explicar-se. Viver e nada mais, o tempo tornará compreensíveis muitas de suas atitudes. Sua vida é orientada pelo sopro da liberdade.
Mapa cósmico | site do Quiroga
adoooro! =D
29 de junho de 2007
28 de junho de 2007
dia de santo
" (...) but now you're hard not to notice, right here in my town
Where the stage of my old life meets the cast of the new
Tonights actors: Me and You"
Sorry Or Please | Kings Of Convenience
Where the stage of my old life meets the cast of the new
Tonights actors: Me and You"
Sorry Or Please | Kings Of Convenience
big truth
"Passion and its brother hate, they come and go
Could easily be made to stay for longer though
Many people play this game so willingly
Do I have to be like them, or be lonely?"
Love Is No Big Truth | Kings of Convenience
me recuso à igualdade.
Could easily be made to stay for longer though
Many people play this game so willingly
Do I have to be like them, or be lonely?"
Love Is No Big Truth | Kings of Convenience
me recuso à igualdade.
27 de junho de 2007
n.33
"depois de muito meditar resolvi editar tudo o que meu coração me ditar"
Paulo Leminski
quase lá...
Paulo Leminski
quase lá...
26 de junho de 2007
continua batendo
Quis fazer uma canção
pra falar do coração:
que bate
que bate
que bate e tá bão
que bate
que bate
que bate e tá bão.
Canção do Coração | Érika Machado
tá bão. e (mas) tá sozinho.
pra falar do coração:
que bate
que bate
que bate e tá bão
que bate
que bate
que bate e tá bão.
Canção do Coração | Érika Machado
tá bão. e (mas) tá sozinho.
25 de junho de 2007
música que é poema
Muito pra mim é nada
Tudo pra mim não basta
Eu quero cada gesto
Cada palavra
Cada segundo da sua atenção
Faça isso por mim
Leve a dor pra longe daqui
Estou cansada de ouvir que eu só sei amar errado
Estou cansada de me dividir
No que é certo no amor
Quem é que vai dizer o que falar? Calar? Querer?
Eu quero absurdos
Quero amor sem fim
Quero te dizer que
Eu só sei amar assim...
Eu Só Sei Amar Assim | Zizi Possi (composição Herbert Vianna)
Tudo pra mim não basta
Eu quero cada gesto
Cada palavra
Cada segundo da sua atenção
Faça isso por mim
Leve a dor pra longe daqui
Estou cansada de ouvir que eu só sei amar errado
Estou cansada de me dividir
No que é certo no amor
Quem é que vai dizer o que falar? Calar? Querer?
Eu quero absurdos
Quero amor sem fim
Quero te dizer que
Eu só sei amar assim...
Eu Só Sei Amar Assim | Zizi Possi (composição Herbert Vianna)
22 de junho de 2007
21 de junho de 2007
n.31
"Na língua japonesa o verbo pensar se exprime por meio de uma perífrase: agitar o próprio coração"
achei por aí. e gostei muito.
achei por aí. e gostei muito.
não veio
Quem é homem de bem não trai
O amor que lhe quer seu bem
Quem diz muito que vai, não vai
Assim como não vai, não vem
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
O dinheiro de quem não dá
É o trabalho de quem não tem
Capoeira que é bom não cai
Mas se um dia ele cai, cai bem
(...)
Berimbau | Baden Powell e Vinícius de Moraes
O amor que lhe quer seu bem
Quem diz muito que vai, não vai
Assim como não vai, não vem
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
O dinheiro de quem não dá
É o trabalho de quem não tem
Capoeira que é bom não cai
Mas se um dia ele cai, cai bem
(...)
Berimbau | Baden Powell e Vinícius de Moraes
ao vento
"A primeira letra do alfabeto é também a primeira letra da palavra amor e se acha importantíssima por isso.
Com A se escreve "arrependimento" que é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás e com A se dá o tipo de tchau mais triste que existe: "adeus"... Ah, é com A que se faz "abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em príncipe e vice-versa..."
Palavras ao Vento | Adriana Falcão
Com A se escreve "arrependimento" que é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás e com A se dá o tipo de tchau mais triste que existe: "adeus"... Ah, é com A que se faz "abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em príncipe e vice-versa..."
Palavras ao Vento | Adriana Falcão
20 de junho de 2007
sem sinal
taça de champanhe
um disco rodando sempre o mesmo lado
crise
um telefone ao alcance da mão
um número decorado na cabeça
e uma aflição no coração
é aí que mora o perigo
Martha Medeiros
um disco rodando sempre o mesmo lado
crise
um telefone ao alcance da mão
um número decorado na cabeça
e uma aflição no coração
é aí que mora o perigo
Martha Medeiros
faça-me
quem é você que me dá
tudo que eu devoro tudo
que eu adoro tudo que eu
rejeito que arranca a pele
que eu não tenho que
cubro de beijos que me dá
filhos que apaga a vela que
provoca incêndios que
espanta os vizinhos que
pede mais do que eu
posso dar que me deixa
louco que tortura e lambe
tudo que resta de mim e
mesmo assim me faz rei?
Tonico Mercador
tudo que eu devoro tudo
que eu adoro tudo que eu
rejeito que arranca a pele
que eu não tenho que
cubro de beijos que me dá
filhos que apaga a vela que
provoca incêndios que
espanta os vizinhos que
pede mais do que eu
posso dar que me deixa
louco que tortura e lambe
tudo que resta de mim e
mesmo assim me faz rei?
Tonico Mercador
18 de junho de 2007
(suspiros)
O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço. Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
O que há | Álvaro de Campos
adorei, markin! :)
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço. Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
O que há | Álvaro de Campos
adorei, markin! :)
14 de junho de 2007
13 de junho de 2007
concordo
"Gosto dos espíritos sofisticados mas despojados da vaidade intelectual, desse prazer erótico por destacar-se pela via do saber.
Já que somos todos vaidosos, prefiro os exercícios físicos e os cosméticos às citações bibliográficas desnecessárias e às frases quase indecifráveis"
do livro A Liberdade Possível | Flávio Gikovate
Já que somos todos vaidosos, prefiro os exercícios físicos e os cosméticos às citações bibliográficas desnecessárias e às frases quase indecifráveis"
do livro A Liberdade Possível | Flávio Gikovate
movimento
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos"
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
12 de junho de 2007
11 de junho de 2007
eu costumava saber
O amor é filme.
eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
eu sei por que sei muito bem como a cor da manhã fica
dá felicidade, dá dúvida, dor de barriga
é drama, aventura, mentira, comedia romântica.
O Amor é Filme | Cordel Do Fogo Encantado
[pausa.recuperando fôlego]
justo hoje não! por que?
eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
eu sei por que sei muito bem como a cor da manhã fica
dá felicidade, dá dúvida, dor de barriga
é drama, aventura, mentira, comedia romântica.
O Amor é Filme | Cordel Do Fogo Encantado
[pausa.recuperando fôlego]
justo hoje não! por que?
Lisbon revisited (1926)
Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.
Fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.
Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...
Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me náufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.
Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas coortes por existir, esfaceladas em Deus.
Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...
Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?
Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.
Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...
Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...
Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...
Álvaro de Campos
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.
Fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.
Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...
Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me náufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.
Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas coortes por existir, esfaceladas em Deus.
Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...
Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?
Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.
Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...
Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...
Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...
Álvaro de Campos
5 de junho de 2007
te encontro
Soledad,
aqui estan mis credenciales,
vengo llamando a tu puerta
desde hace un tiempo,
creo que pasaremos juntos temporales,
propongo que tu y yo nos vayamos conociendo.
Aquí estoy,
te traigo mis cicatrices,
palabras sobre papel pentagramado,
no te fijes mucho en lo que dicen,
me encontrarás
en cada cosa que he callado.
Ya pasó
ya he dejado que se empañe
la ilusión de que vivir es indoloro.
Que raro que seas tú
quien me acompañe, soledad,
a mi, que nunca supe bien
cómo estar solo.
Soledad | Jorge Drexler & Maria Rita - 12 Segundo de Oscuridad
estava tocando. e continua.
até um futuro encontro, garotinho.
nem que seja para um até logo.
o jogo acabou.
ainda bem que não era jogo.
aqui estan mis credenciales,
vengo llamando a tu puerta
desde hace un tiempo,
creo que pasaremos juntos temporales,
propongo que tu y yo nos vayamos conociendo.
Aquí estoy,
te traigo mis cicatrices,
palabras sobre papel pentagramado,
no te fijes mucho en lo que dicen,
me encontrarás
en cada cosa que he callado.
Ya pasó
ya he dejado que se empañe
la ilusión de que vivir es indoloro.
Que raro que seas tú
quien me acompañe, soledad,
a mi, que nunca supe bien
cómo estar solo.
Soledad | Jorge Drexler & Maria Rita - 12 Segundo de Oscuridad
estava tocando. e continua.
até um futuro encontro, garotinho.
nem que seja para um até logo.
o jogo acabou.
ainda bem que não era jogo.
garotinho
Bateu Amor à porta da Loucura.
"Deixa-me entrar - pediu - sou teu irmão.
Só tu me limparás da lama escura
a que me conduziu minha paixão."
A Loucura desdenha recebê-lo,
sabendo quanto Amor vive de engano,
mas estarrece de surpresa ao vê-lo,
de humano que era, assim tão inumano.
E exclama: "Entra correndo, o pouso é teu.
Mais que ninguém mereces habitar
minha casa infernal, feita de breu,
enquanto me retiro, sem destino,
pois não sei de mais triste desatino
que este mal sem perdão, o mal de amar."
Confronto - Carlos Drummond de Andrade
"Deixa-me entrar - pediu - sou teu irmão.
Só tu me limparás da lama escura
a que me conduziu minha paixão."
A Loucura desdenha recebê-lo,
sabendo quanto Amor vive de engano,
mas estarrece de surpresa ao vê-lo,
de humano que era, assim tão inumano.
E exclama: "Entra correndo, o pouso é teu.
Mais que ninguém mereces habitar
minha casa infernal, feita de breu,
enquanto me retiro, sem destino,
pois não sei de mais triste desatino
que este mal sem perdão, o mal de amar."
Confronto - Carlos Drummond de Andrade
4 de junho de 2007
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